quinta-feira, 2 de julho de 2009

Wacom Penabled

Desenhar diretamente na tela do computador é o sonho da maior parte dos ilustradores. Até agora, esse tem sido um sonho bem caro. Vide o preço da Wacom Cintiq, o produto top nesse nicho: mais de R$ 10 mil o modelo de 21 polegadas e cerca de R$ 4 mil o de 12 polegadas.
Para mim, uma Cintiq de 21" é muito grande e cara. Não cabe na mochila (nem no meu bolso, nos dois sentidos), para levar em viagens, por exemplo, como a de 12" (Cintiq 12WX) e exige espaço na mesa de trabalho. Além disso, vai sempre ser preciso um computador para conectá-la como monitor adicional.
Solução: Tablet PC com a tecnologia Wacom Penabled.

Depois de muito tempo sonhando com isso, acabei comprando o modelo Pavillion TX2510 da HP. É ao mesmo tempo um notebook com tela de 12" e processador AMD Turion X2 Ultra de 2.1GHz, e um tablet com sensibilidade de 256 níveis de pressão (contra 1024 da Cintiq, mas não se nota tanta diferença). A caneta que acompanha o produto é compatível, até onde soube, com a linha Bamboo e Graphire da Wacom, podendo ser facilmente substituída pela desses modelos (Edit: testes que fiz com a caneta da Graphire não confirmaram essa compatibilidade). Além disso, ela tem borracha, diferentemente da caneta da Bamboo.

Prós:
• Une dois elementos em um: notebook e tablet
• Tamanho pequeno, fácil de transportar
• Processador robusto, HD de 250GB e 3GB de RAM
• A tela rotaciona em incrementos de 90º, tanto no modo normal, como fechada em modo tablet
• Mais ou menos o mesmo preço que a Cintiq 12WX

Contras:
• Aquece um bocado, quando ligado na tomada (do mesmo modo que a Cintiq 12WX, segundo soube), tornando desconfortável apoiá-lo no colo por longos períodos de tempo
• Menos níveis de pressão que a Cintiq (256/tablet contra 1024/Cintiq), além de não ter sensor de inclinação da caneta
• Menos opções de sistemas operacionais. Vem com o Vista pré-instalado e pode-se instalar, como no meu caso, um sistema Linux em outra partição. Não é boa pedida para quem só sabe usar Macintosh.






O adesivo Penabled Wacom é o que mostra a diferença desse modelo para outros Tablets PCs comuns. Se não tiver o selo, não compre.


A interface mostrada na tela é da versão gratuita do programa Art Rage 2.5.



Como nem tudo são flores, minha caneta veio com defeito. Levei quase uma semana, entre testes, reistalação de sistema e drivers, para chegar a essa conclusão. Para se entender o meu drama há que se levar em conta que um Tablet PC trabalha com dois tipos de sensibilidade a toques: ativa e passiva. O modo passivo é o que permite que você acione menus e botões com a ponta dos dedos ou outros objetos. O modo ativo é o pulo do gato nesse caso, pois só responde aos impulsos magnéticos da caneta Wacom. Para facilitar o ato de desenhar e evitar riscos acidentais no desenho, tive que desabilitar o modo passivo.
Para encurtar, resolvi o problema da caneta com a loja, com troca por outra nova.
Os dois desenhos abaixo mostram o uso do modo passivo da tela, sem níveis de pressão. Notem que os traços têm espessura uniforme, como que feitos por caneta técnica:





Nos outros a seguir já se pode ver as nuances de pressão e espessura dos fios:





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