terça-feira, 26 de maio de 2009

Praça da República


Esta é a Biblioteca Nacional, parte do complexo arquitetônico da Praça da República, idealizado por Niemeyer, bem no meio de Brasília.


Jogo de linhas e formas geométricas no banheiro.
Engraçado como a maioria das pessoas não nota o que está à sua volta!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desenho bêbado

Nunca fui de beber, em parte por não gostar muito, em parte por não fazer bem à minha saúde. Depois de algumas cervejas, costumo passar uma semana com o sistema disgestivo em pandarecos. Como diz o ditado, há males que vem para o bem.
Quando a gente é jovem, porém, costuma viver como se o amanhã não existisse, topando algumas loucuras sem pensar nas consequências. Uma delas foi o primeiro e maior porre que me lembro de já ter tomado, por volta de 1988.
Foram bons tempos, nunca desenhei tanto na minha vida, mas foi um tempo de indefinições quanto à carreira. Eu explico. No ano anterior eu tinha prestado o serviço militar que, com todo o respeito, foi um ano perdido na minha vida. Nunca tive vocação para a vida militar e tudo que aprendi lá seria inútil na minha vida civil. Alguém saberia me dizer para que me serviria a ordem unida, por exemplo?
Quando falei de indefinições, não significa que não soubesse o que queria fazer. Eu queria trabalhar em algo ligado a desenho ou animação, mas não encontrei mercado para isso em Brasília, nem então, nem agora. Continua sendo difícil sobreviver de desenho em Brasília. Sei do que falo, pois tenho amigos da área que foram obrigados a ter um emprego fixo, às vezes em outro ramo, para continuar a fazer o que gostam como hobby ou como free-lancers. Então, de 1988 a 1990, foram dois anos sem emprego, vivendo sob a asa da família, até o momento em que acabei me inserindo na àrea gráfica, como arte-finalista, ainda nos tempos das pranchetas.
Voltando ao porre, um dia um vizinho me apareceu com um litro de cachaça mineira de alambique. Não era a primeira vez que eu tomava da branquinha, mas antes tinham sido doses bem homeopáticas, digamos. Misturamos mais um litro de Coca em um garrafão de vinho barato (sem o vinho, claro) e começamos a beber, conversando abobrinhas em frente à minha casa. Eu nunca tinha tomado bebida misturada, e como era docinha e descia fácil, rapidinho esvaziamos o garrafão.
Depois de cair uma chuva daquelas que só acontecem em Brasília, inesperada, corremos cada um para sua casa. Me sentei na sala, ainda sem sentir os efeitos do álcool. Sem brincadeira, menos de dez minutos depois, comecei a me sentir diferente. Estava consciente, ouvia o que os outros diziam, mas me sentia distante, ouvia tudo de longe. Os movimentos das mãos se tornavam descoordenados, as respostas táteis vinham com atraso, meio anestesiadas. Tentei ler, sem sucesso. Depois de umas três palavras, me perdia no texto. Quando me levantei, precisei me segurar na parede, sem equilíbrio, longe do meu centro de gravidade.
Meus irmãos perceberam que eu estava bêbado e, só de farra, sugeriram que fizesse um retrato da prima Elza, que estava conosco na época. Como bêbado não pensa direito, topei. O resultado, essa lástima, é o que se segue. Coitada da Elza, tão bonitinha, ficou parecendo um homem!



Outro retrato de Elza, feito na mesma época, sem influências etílicas:

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Carro, Dom Bosco e outras viagens


Brasília está começando a ter um problema sério de estacionamento. Bom, parece que a história não tem nada a ver com o desenho, mas uma coisa leva a outra, como vocês vão ver. Parei o carro na 302 sul porque precisava sacar uns trocados no caixa do banco Real, para pagar a segunda via de minha habilitação, perdida recentemente. Dinheiro sacado, dirigi-me, a pé, ao BRB mais próximo, que fica no Ed. Assis Chateaubriand, no Setor de Rádio e TV. Percorrer de carro uma distância tão pequena nem me passou pela cabeça, ainda mais porque seria quase impossível achar uma vaga para estacionar, a menos que estivesse disposto a pagar caro por isto, nos Valet Parking da vida. Para chegar lá, tive que passar em frente à igreja Dom Bosco. No caminho, parei para admirar sua arquitetura, com a fachada de concreto e janelas compridíssimas, parecendo um dos palácios oficiais de Brasília. Resolvi, então, desenhá-la.




Cestinha de lixo no canto do banheiro. Não sei porque,
me lembrou uma das imagens de The Wall, do Pink Floyd,
aquela do personagem sentado num canto escuro, contra o muro.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sad eyes - Christiane

Pra vocês verem que nem sempre um retrato reflete a personalidade do modelo. Christiane, irmã da Ana Cláudia, é uma pessoa bem divertida e alto astral, sempre com um sorriso largo. Este retrato saiu com uma certa dificuldade, pois fomos interrompidos de tempos em tempos por uma de suas filhinhas, a Lívia, que insistia em disputar comigo a atenção da mamãe.

sábado, 9 de maio de 2009

Enquanto espero...

Esperando no Prontonorte para tirar uma bota de gesso do Murilo. Estava passando o programa de Xuxa na TV. Ainda bem que eu estava ocupado demais pra prestar atenção...



Abaixo, dando um tempo depois de levar o Murilo à escola em pleno sábado. Os professores ficam de greve por quase um mês e depois os alunos têm que ralar aos sábados... Reclamações à parte, foi um exercício legal. Nem percebi a passagem dos 40 minutos que gastei para rabiscar a cena a seguir, em caneta técnica Staedtler 0,05:

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sketchbook 7 - Moleskine-like

Ter um caderninho Moleskine sempre um dos meus sonhos de consumo, no mesmo nível e intensidade do sonho de ter uma Cintiq. Como era caro e difícil de comprar, sempre acabei adiando sua aquisição. Dia desses, estava vendo a nova Saraiva megastore do Pátio Brasil, que substituiu a Siciliano, quando me deparei com este caderninho clone do Moleskine, feito pela Cícero, em tamanho 9x13 cm, em papel pólen 90g, perfeito para carregar no bolso. Nem precisa dizer que o comprei e tenho feito bom uso dele desde então e o recomendo enfaticamente aos aficionados de esboços rápidos.






Dois momentos. Bárbara de perna engessada (não, o saci não se parece com ela), depois de um acidente com bicicleta e o painel do meu carro, dirigido pela Ana.




No alto, meu sobrinho Gabriel, na festa de aniversário de outra sobrinha, Ludmila. Embaixo, mesa bagunçada em restaurante.


Outro registro de restaurante.


Sala de espera de dentista.


Feito enquanto esperava minha filha na escola.


Era para ser o Murilo. Pena que não pareceu muito. Esboço rápido no Beirute da Asa Sul.


Viajando de Zebrinha, como são chamados os ônibus listrados da Viplan.


Tapiocaria em Alto Paraíso


Alto Paraíso, praça com pista de skate, à noite. Fazia frio e um nevoeiro cobria a cidade.


Metalinguagem – Enquanto chovia, sem nada para fazer, retratando minhas pernas e o sktechbook.


Um café simpático em Cavalcante (Café Aluá), sob forte chuva, Ana lendo revista.


Um gato pidão em um restaurante de Vila São Jorge


Uma árvore imponente em São Jorge, depois de quase uma hora de caminhada sob sol escaldante.


De novo esperando a Bruna na escola.


Vovozinha pensativa agurada o atendimento preferencial no BRB.


Noite sofrida em hospital, acompanhando Bruninha.


Ainda no hospital, esperando o Raio X

Sketchbook 5 - Acabamento em EVA

Mais dois desenhos do Sketchbook caseiro com lombada em EVA. Continuo brincando com as hachuras. Misturei canetas diversas da Staedtler e Stabilo.



Sketchbook 6 - Neon verde

Continuação da postagem sobre o caderno de desenho da Neon. Feito num carro em movimento, nos instantes em que o sinal estava para fechar.